Intolerância à lactose em bebês: Conheça alguns cuidados!

Intolerância à lactose em bebês é um diagnóstico raro, mas possível de encontrar.

O leite é um dos principais alimentos do bebê em desenvolvimento. Se o consumo do leite materno é indispensável e exclusivo para a saúde da criança nos primeiros meses da vida, sua ingestão até os dois anos de idade é recomendada por especialistas da saúde. Por isso, quando o bebê apresenta algum sintoma de desconforto relacionado ao consumo de leite, esse pode ser um ponto de preocupação para pais e pediatras.

A intolerância à lactose é uma condição clínica que pode ser diagnosticada em bebês. Por que ela acontece e quais são os cuidados necessários para evitar sintomas gastrointestinais e carências nutricionais? Nesse artigo, falamos um pouco mais sobre o tema!

Intolerância à lactose: o que é?

Para falar de intolerância à lactose em bebês é importante entender, primeiramente, no que consiste o diagnóstico dessa doença. A ingestão da lactose pode desencadear diversos sintomas em intolerantes. Dentre eles, os mais comuns são: náuseas, vômitos, gases, dores abdominais e diarreia. Quando ela se manifesta em bebês, é classificada como intolerância à lactose congênita onde não existe a produção da lactase na mucosa intestinal e os principais sintomas são: diarreia ácida, desidratação e excesso de acidez no sangue.

Além da deficiência congênita, existem dois outros tipos de intolerância à lactose: primária e secundária. Para entender mais sobre este assunto, acesse o conteúdo: https://www.sensilatte.com.br/quais-sao-os-tipos-de-intolerancia-a-lactose/.

A intolerância à lactose é muito confundida com outra doença que também tem relação com o consumo de leite, mas que tem manifestação completamente diferente no organismo humano: a alergia à proteína do leite.

Na alergia, o indivíduo pode manifestar desde sintomas no sistema gastrointestinal (náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal e refluxo) até o sistema respiratório (dificuldade respiratória, tosse crônica, congestão nasal), irritações cutâneas (coceira, vermelhidão e vergões na pele), entre outras reações após a ingestão de produtos lácteos, por conta da sensibilidade do organismo a uma proteína encontrada no soro do leite. Diferentemente da intolerância à lactose, nesse caso, o corpo tem uma resposta imunológica negativa à presença da proteína e não apenas uma dificuldade de digestão, como acontece com a lactose.

O que pode determinar o desenvolvimento da intolerância à lactose em bebês?

Assim como qualquer outro indivíduo, um bebê se torna suscetível ao desenvolvimento de uma condição clínica por conta de diversos fatores. O principal deles pode ser a carga genética familiar, que pode ser passada para o bebê que tem pais com intolerância à lactose.

Entretanto, apesar do fator genético influenciar, ele não é o principal causador. Esse é, inclusive, um quadro raramente diagnosticado imediatamente após o nascimento, visto que a produção de lactase em humanos é significativamente mais alta nessa fase da vida, quando nos alimentamos quase que exclusivamente de leite materno.

O que pode acontecer com bebês que desenvolvem a intolerância à lactose é que eles apresentam esse quadro como um sintoma secundário de alguma outra condição clínica, como exemplo:

  • Uma diarreia grave não tratada;
  • Uma dificuldade de digestão do leite materno (ou da fórmula infantil);
  • Um uso de medicação que influencia na produção da enzima;
  • Um diagnóstico de doença gastrointestinal (como doença celíaca, doença de Crohn e outras que afetam a capacidade absortiva desse trato).

Quais são os sintomas da intolerância à lactose em bebês?

Alguns sintomas podem ser similares aos encontrados em jovens e adultos com o mesmo quadro clínico. Diarreias, vômitos, náuseas, barriga inchada, desidratação e desconfortos gastrointestinais são os mais comuns. Você provavelmente vai perceber que, logo após consumir algum alimento lácteo, o bebê pode apresentar cólicas, diarreia, inchaço, gases e ficar mais irritado e desconfortável.

Em quadros mais graves e avançados, quando não há interrupção do consumo de produtos lácteos na dieta do bebê, a perda de peso e a desnutrição podem ser sintomas observados na criança.

Vale lembrar que se o bebê apresenta, além dos sintomas gastrointestinais, vermelhidão e coceira na pele, além de inchaços na região dos olhos, rosto e boca, esses podem ser sinais clássicos de um quadro de alergia – que pode ser relacionado com a proteína do leite.

Tratamentos utilizados na intolerância a lactose em bebês

Ao identificar os primeiros sintomas gastrointestinais suspeitos no bebê após o consumo de algum produto lácteo, é importante procurar a orientação de um médico pediatra para que esse profissional possa confirmar o diagnóstico de intolerância à lactose.

Caso a condição seja confirmada, o mesmo profissional pode lhe orientar sobre como agir diante desse diagnóstico. Se ela for causada por um outro fator primário, como o uso de algum medicamento ou diagnóstico de outra doença, ele irá orientar o tratamento adequado para cessar os sintomas.

De qualquer maneira, se a intolerância à lactose é causada por uma redução temporária ou permanente da produção de lactase pelo organismo do bebê, o único tratamento possível é a retirada dos alimentos lácteos da alimentação da criança, ou uso de fórmulas infantis específicas para a alimentação nessas condições. Para isso, conte sempre com a orientação do pediatra e de um nutricionista especializado em alimentação infantil, para fazer a substituição adequada dos alimentos que fornecerão os nutrientes essenciais para sua fase de desenvolvimento.

Você está observando sintomas gastrointestinais desconfortáveis no seu bebê após o consumo de alimentos lácteos? Já marcou uma consulta com o pediatra para conversar sobre suas suspeitas de um possível quadro de intolerância à lactose? Conte para a gente!

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